sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Falha Genética





Desde pequeno eu sempre fui muito passivo, muito de deixar o barco rolar. Minha mãe era o comandante do barco "lar", que nem sempre com a ajuda acertada do meu pai, nos mantinha no rumo certo. Que rumo? O rumo que ela achava por certo seguir. Hoje, me sinto livre para escolher o meu caminho, e gosto de dar essa mesma liberdade a quem me acompanha.

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No início, meu amor era comum ao da outras crianças: Platônico. Minhas musas da infância sempre me preencheram delas, sem jamais saber de mim. Elas foram por muito tempo o sangue que oxigenava o meu ego.


Mas eu cresci, e meu coração insistia em ser uma criança. Eu não sabia, e os médicos nunca vão saber. O meu músculo involuntário tem um retardo voluntário. Os meus olhos ainda precisam usar fraldas.

Eu não sei o que dizer a uma mulher. Eu nunca soube. Elas gostam de ouvir elogios. Elas gostam de ser provocadas. Elas adoram uma conversa picante. Mas o meu conhecimento acaba aí.

Existe uma coisa que os homens não ensinam uns para os outros. Cada um descobre o seu jeito de conquistar, o seu jeito de saltar sobre a "presa". Eu nunca aprendi.

Luzes e Batidas


Uma bebida etílica e um rancor crescente.
Como posso eu estar sozinho em meio a tanta gente.
Ser desejado, me parece que na vida eu só desejo.
Meu rancor quer falar, amordace-o com um beijo.

Não sei porque, mesmo me mexendo eu permaneço.
Quero fugir, sumir, mas na hora esqueço.
A batida me embala, toda luz que pisca me distrai.
Meu amor é surdo, é cego, tem má índole e me trai.

É mentira, eu sei, mas eu quero acreditar.
Que sua boca me preenche. Quer me amar?
Mas sua nuca se apresenta, em despedida repentina.
Esse jogo infanto-juvenil já não me anima.

Procuro nas luzes e batidas, um motivo pra ficar.
Meu copo grande e cheio me convida pra dançar.
Pelas paredes me arrasto, rastejo em direção à pista.
De olhos fechados o meu coração flutua sempre à vista.

Pista


A batida seqüenciada, medida com precisão. Milhares de corpos vazios, carcaças estão expostas. A pista é um balcão de açougue: Escolha a carne, barganhe e leve se puder. No cardápio não temos coração.

Minha fraqueza

Odeio lembrar que estou sozinho.

Sozinho dentro de mim, quando guardo tudo nesta caixa de músculo, sangue e pulsação. Ela explode todo dia, e varia de 60 a 120 vezes por minuto.
Não sei porque, o sono não vem na solidão. Meu corpo não responde ao cansaço e meu cérebro parece desperto mesmo na madrugada. A escuridão da noite penetra em meus olhos, em meus poros. A todo o momento, um gato vadio ou o vento nas árvores me lembram quão indefeso é meu coração.

Sim, meu coração.

Não temo a fragilidade de meu corpo, tenho fé em minha mente astuta. Ser mortalmente ferido mesmo, para mim, é perceber que não posso me recuperar de uma ferida cardíaca. O órgão que representa não só o amor, pode suportar muito quando cheio.

A lógica do coração é inversa. Quando esvaziado de uma vez só, ou quando em pedaços, pode pesar milhares de vezes mais. O vazio, o vácuo, tem um peso imensurável.

Na Presente Ausência

Quero comer este cigarro. Melhor fumá-lo. Aspiro sua fumaça como oxigênio, respiro os vapores de satisfação. Mas até pouco tempo eu sequer fumava um dia de semana, somente nos findis e festas, regadas a cerveja. Quem fumou e bebeu sabe que um puxa o outro.

Os dias passam devagar quando não se tem vontade de nada, coisa que ultimamente se mostrou crônico na minha pessoa. Não sei do que tenho tanto medo ou preguiça. Sei que não ando com vontade sequer de levantar pela manhã.

Depressão? Acho que não. Não me vejo pelos cantos, injuriando a vida e a todo mundo. Apenas me sinto não me sentindo. Me pego olhando no espelho, procurando por mim.

Não me vejo no meu rosto, nem me vejo em mim mesmo. Não consigo enxergar onde me deixei, e tampouco eu sei quem foi que me levou.

Sei que estou ausente, e esqueci de trancar a porta ao sair.




Opinião modificada

Com relação ao post anterior, depois de ouvir a opinião de amigos e comentaristas, mudei de opinião.

Realmente, não são as mulheres que são insatisfeitas. São os seres humanos, esse bichos que se acham os reis deste planeta, os racionais, apesar de não ser nem um pouco racional se reproduzir como coelhos e destruir o pouco que resta do seu planeta como gafanhotos.

Bom, no que tange ao universo feminino, elas são realmente, indiscutivelmente, mais complexas que nos homens, seres simples e de bom coração.
Acho que estava meio despeitado ao afirmar que as mulheres são umas inconformadas. O fato de não saber exatamente o que quer não é exclusivo do gênero feminino, embora mais frequente.

Estava com raiva por não ser um homem versátil para os assuntos da cafagestice e da tática especial de "pegar mulher".

Fazer o quê? Nasci assim. Não sou um grande conquistador. Apenas um "pequeno" pensador.

Pywa

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Nada de entendimento

Tenho lido muito blogs poraí. Virou uma espécie de esporte, uma mania um pouco viciante. Aprendi a ler sem preconceito os mais diversos assuntos, e tenho tido experiências interessantes.

Entretanto, tenho me decepcionado profundamente com algumas coisas.
A presença feminina, cada vez maior, se faz maciça em blogs dos mais variados. Desde assuntos fúteis e desinteressantes até profundas análises do universo feminino, visto de dentro. Fique tranqüilo leitor do sexo oposto, não é isso que me decepciona. O que me deixa meio preocupado é que quanto mais eu leio, menos concordo com as mulheres. O que tenho lido é tão distante da realidade (o que deveria ser realidade) que fico com medo das gerações futuras.

Não tenho a intenção ridícula de fazer aquilo que chamam de "entender as mulheres". Porém, me pego pensando as vezes. Fico tentando descobrir a razão de certas atitudes femininas, certas inconsistências na personalidade e na maneira de expressar alguns sentimentos.
Como li neste
post, por exemplo, algumas mulheres (sem generalizar) tem atitudes contraditórias com relação a violência. Outras, com relação a fidelidade e conduta. Se fala no Brasil, que mulher gosta de homem canalha, o que eu achava uma grande bobagem. Agora acho que não é tão absurda essa afirmação. Às vezes, as mulheres querem um canalha para variar.

O fato é que homens, para variar de parceira, o fazem de maneira literal. Usam da traição como válvula de escape para as agruras do relacionamento, ou talvez forma de vingança. A minha teoria é que as mulheres preferem uma forma menos injusta (na concepção delas) de variar as coisas. Elas preferem ver no parceiro outra pessoa, o contrário ou diferente do comum.
Se o cara é gentil, às vezes elas querem ser maltratadas. Se é um animal, elas querem gentilezas as vezes. Se é conservador, querem que ele ouse. Se é ousado, querem se sentir seguras em determinados momentos.

Isso reforça o que eu chamo de insatisfação feminina. Encontre, se puder, uma mulher que esteja satisfeita com o mesmo parceiro a mais de 10 anos. Elas sempre acham um fato ou suposição para atrapalhar o relacionamento, elas sempre vão querer discutir a relação. Por "discutir a relação" lê-se "Achar um culpado, do sexo masculino, pela insatisfação dela".

Pywa